sábado, 8 de agosto de 2009

Tributo à Gata Guerreira #03 - Caldas Novas x Trindade x Palminópolis (06/07/08) – romaria católica à basílica de Trindade/GO


¡Holla amigos! Como están?
¡Bienvenidos una vez más a mi sitio!
Hoy voy compartir mí mayor aventura por las carreteras de Goiás.
Ao contrário do que acontecia em todas as minhas viagens, esta viagem não foi programada e planejada por mim, mas pela minha namorada!
Todas as viagens que faço sempre programo tudo antes com o Guia Rodoviário Quatro Rodas: paradas, abastecimento, pedágio, tempo de viagem, tempo para refeições e descanço, velocidade, tudo programado!
Nesta eu saí sem ter idéia da distância, onde abastecer... nada! Foi tudo de improviso! Até nossa ida à Palminópolis foi uma surpresa... Mas já que ela se propôs a embarcar sobre duas rodas comigo... aceitei logo antes que ela tivesse tempo de pensar melhor.... e acabasse desistindo (risos).
O que mais me surpreendeu é que a Silvana (a namorada que tinha na época) sempre teve muito medo de moto, nunca imaginei um convite desses da boca dela!
No mês de julho, de todos os anos, há uma tradicional romaria à Basílica de Trindade/GO, onde chegam a se reunir milhares e milhares de fiéis durante as celebrações, e eu, na qualidade de historiador da religião, aprendiz de fotógrafo e amante das viagens de moto não queria perder essa oportunidade.
A família da Silvana sempre vai nesta celebração, mas desta vez havia um integrante a mais no carro para esta peregrinação, então ela pensou: “porque não ir de moto”?
Detalhe: isso a 2 dias da partida...



Quando ela me convidou e aceitei sem pensar! (motociclista que é motociclista não recua diante nenhuma oportunidade dessas)
Saí de Caldas Novas para Goiandira dia 04 de julho/2008 (114 km), no dia anterior a partida, para me juntar aos demais “peregrinos” e sair de lá no dia seguinte, 05 de julho, pelas 05:30 da manhã, afinal seriam dois passageiros contra 290 km numa titanzinha 125cc. Seriam 263 kms seguidos até Goiânia e mais 27 kms até Trindade.
Como não tinha espaço na moto, nossa bagagem foi no carro da família dela e conosco apenas a bolsa dela (mulher não vive sem bolsa) e dentro da bolsa dela a única coisa que levei foi um “spray de reparo instantâneo”, afinal nossas estradas são muito boas!
Conforme o imaginado, saímos de Goiandira cedinho. Partimos pela GO 330 em direção a Pires do Rio, com 12 litros de gasolina no tanque. Isso geraria uma autonomia de 300 km se eu estivesse sozinho, mas com dois passageiros o resultado seria uma surpresa!
Partimos e mantivemos a média variante de 85-100 km/h, de acordo com o que a Gata Guerreira conseguia nos proporcionar.
Às 07:30, aproximadamente, fizemos uma parada aos 124 km, em Pires do Rio, para um café em família na estrada. O carro da família já estava nos esperando.
Com a barriga abastecida pegamos estrada e fomos enfrentar a segunda etapa da viagem. Optei por não abastecer lá por que com o tanque mais vazio teríamos algum ganho em relação ao peso.
De Pires do Rio entramos na BR 352, seriam mais 145 km em direção a Goiânia. Neste trecho há muitas subidas e a “titanzinha” teve que brigar um pouco mais para vencer essa etapa da viagem, mas dentro das limitações, conseguimos manter a média variável entre os 70-90 km/h, uns poucos picos de 110 km/h.
Antes de avistarmos Goiânia, a "Gata Guerreira" já dava o alerta de estarmos na reserva. Eu não falei nada para a Silvana por que não queria deixa-la com medo do meu erro de cálculos. Engano meu... ela não é boba nem nada e estava de olho nos medidores da moto, já tinha percebido a situação, mas não tinha dito nada para mim... (risos)
Vencidos os 263 kms estávamos em Goiânia! Fizemos visitas aos familiares da Silvana, e após forrarmos o estomago com um belo almoço e fazermos um “quilo” (como os goianos chamam aquele descanso depois do almoço) abastecemos a "Gata Guerreira" até a tampa, troquei o óleo e agora enfrentaríamos o menor trajeto, porém na minha opinião, o mais perigoso de todos, pois estes 27 kms restantes (Estrada dos Romeiros) nesta época é muito tumultuada de veículos por conta da peregrinação.
Sim. Na GO 060, Rodovia dos Romeiros passamos por alguns acidentes, tirei fino de um carro que não viu meu sinal de mudança de faixa, muita lentidão no trânsito, muita fumaça de gasolina, mas vencemos.
Nesse trajeto passaram por nós um clã com 5 V-Storms; foi muito legal ouvir o som do motor daquelas máquinas que não conhecia até então. Me apaixonei por elas. No dia que eu tiver uns R$ 43.000,00 sobrando no porquinho, quebro ele para poder ter uma dessas!
Chegamos em Trindade quase às 18:00, vencemos quase 300 kms suados e cansativos!
Na data de nossa viagem as celebrações já estavam nos últimos dias, uma vez que se iniciaram no início da semana. Nesta peregrinação existe a tradição de se abrirem as atividades com o desfile dos “carros de boi”; uma tradição que só vim conhecer em Goiás!

Foto 02: Missa dos Romeiros diánte a Basílica de Trindade

Foto 03: Multidão de fiéis, durante a missa

Foto 04: Multidão de fiéis, durante a missa

Foto 05: Multidão de fiéis, durante a missa

Foi muito bom contemplar aquela manifestação religiosa com meus próprios olhos, também fiquei impactado com o contraste da fé com a pobreza da mendicância.
Não pude deixar de perceber que dentro daquela multidão tão grande, envolvida nesta celebração, existiam algumas pessoas tentavam aproveitar dessa manifestação religiosa para mendigar. Fiquei triste ao perceber que dentre elas haviam algumas que usavam crianças para sensibilizar a multidão.
Por favor, não interpretem que estou julgando, e muito menos generalizando todas elas! Creio fielmente que existiam lá aqueles que realmente necessitavam e que realmente careciam de ajuda, mas usar crianças para isso já acho repugnante! Lugar de criança é na escola, é se preparando para um futuro melhor!

Foto 06: Uma senhora pedindo entre a multidão de fiéis

Foto 07: Uma coluna de pedintes, próximos à Basílica. Notem a presençade crianças

Em fim, perdoem minha opinião pessoal, vamos voltar à nossa viagem...
Ao final da Romaria eles (a família da Silvana) cogitaram estender a viagem até Palminópolis, pois haviam anos que eles não iam visitar a “tia Tarcila”!
Mais 110 km de estrada? Mais cidades para conhecer? Na companhia da patroa? Imaginem se gostei da idéia... (risos)
De Trindade continuamos na GO 060 por 85 km em direção à Turvânia e depois mais 25 km até Palminópolis. Foi uma viagem tranqüila por uma estrada bem conservada e não muito utilizada.
Quando chegamos me encantei com a cidade! Tranqüila, aparentemente de valores tradicionais, em torno de 5.000 habitantes, onde todo mundo conhece todo mundo. Para mim, que gosto de tranqüilidade, é um bom lugar para descansar, passar as férias. Pelas fotos é fácil de entender o que estou falando. Foi a parte da viagem que mais gostei! E olha que estava totalmente desprogramado!
Quando chegamos, a tia Tarsila não estava, tinha saído com as colegas da terceira idade. Ficamos fazendo hora pela cidade e quando a Silvana estava “assaltando” a lata de biscoitos imaginem quem apareceu? (risos)
A Silvana ficou vermelhinha de vergonha quando foi pega com a mão no crime... perecia cena de filme infantil, da criança roubando os biscoitos proibidos!
Foi uma risada sem fim... Foram 2 dias inesquecíveis naquele lugar que convidava para um dia a mais... Demos muitas gargalhadas com o “Loro” que cantava “Fuscão Preto”, nos deliciamos com a bela comida caseira goiana da tia Tarsila.

Foto 08: Flôr de Carambola - Palminópolis/GO

Foto 09: Pitanga - Palminópolis/GO

Foto 10: Carambolas - Palminópolis/GO

Foto 11: Flôr - Palminópolis/GO

Foto 12: Pimenta Malagueta - Palminópolis/GO

Foto 13: Jaboticabas - Palminópolis/GO

Estava tudo perfeito, mas nem tudo são flores, tínhamos que partir pois meus compromissos profissionais já chamavam!
Saímos tarde, pois já eram 14:00 e queria chegar em Caldas antes do anoitecer! Seriam mais 250 km de estradas cheias de ondulações na brava “Gata Guerreira”!
Desta vez estaríamos sozinhos, pois nós voltaríamos para casa e a família da Silvana voltaria para Goiânia.
Pegamos o trecho e rodamos bem por 50 km até Indiara onde nos perdemos e andei 18 km na direção errada (BR 060) em direção à Rio Verde.
Perdemos quase meia hora nisso e depois de voltar à estrada correta fizemos mais 26 km até Edeialina, onde fizemos uma parada para uma água geladinha, afinal não somos máquinas!
Por falar em máquina, a “titanzinha” estava se aproximando da reserva, mas optei por abastecer em Pontalina, para viajarmos mais leves...
Após o merecido descanço para esticar as pernas, fizemos mais 62 km até Pontalina, paramos apenas para abastecer a “verdinha”, ir ao banheiro, e novamente estávamos na estrada!
Ao pegar a BR 153, faríamos mais 56 km de estrada não muito boa até Morrinhos. Lá chegando paramos para fazer algumas fotografias, mas logo partimos, já era 17:30 e estava escurecendo!
Fizemos mais 56 km pela GO 213 e chegamos em Caldas nos últimos raios solares! Bem na hora! De moto prefiro não viajar a noite pois a espaço iluminado pelo farol da moto é insuficiente para parar, caso seja necessário!
Em casa, após uma noite bem dormida, podemos recuperar as energias.
Às 06:00 da manhã do dia seguinte, quando a família da Silvana já tinha chegado em casa, enfrentamos mais 114 km até Goiandira; afinal minha fiel companheira precisava se aconchegar na sua caminha!
Retornando sozinho para casa, somei mais 114 km, totalizando 989 km à maior aventura da minha vida, pelo menos até agora! E sim, numa Titãn KS/2001!!!!
Prova de que o que faz um motociclista não sua moto, mas sim seu espírito aventureiro!
Agora vamos a algumas fotos?

Foto 14: Lago de Palminópolis/GO

Foto 15: Lago de Palminópolis/GO


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