Olá Amigos!
Primeiramente queria pedir perdão pela ausência de postagens...
Ao contrário do que imaginei, não consegui encontrar Lan Houses onde estava em Goiás. Fiquei hospedado no centro Histórico e aparentemente somente na parte “moderna” da cidade, que fica longe de lá, é existem.
Mas bem, estou em casa novamente e de volta à vida real, e hoje corri cedo para o computador para editar as fotos para poder mostrar para vocês.
A partir de hoje vou postar dia a dia como foi tudo por lá! Prometo fazer para vocês um roteiro completíssimo onde prometo superar ao do CIT (Centro de Informação ao Turista) de Goiás. Confiram nos próximos posts!
Antes de mais nada, quero pedir desculpas também pelas fotografias, por que o “gênio” que vos escreve fez o favor de esquecer de por o tripé da câmera na moto e só fui lembrar dela quando avistei a Serra Dourada, ou seja, quase 300 km de casa, quando era tarde de mais. Embora tenha sentido aquela vontade de voltar só pra pegar o danado!
Tive que improvisar, por isso não consegui fazer os “HDR´s” que tanto queria fazer, as “Panorâmicas” ficaram um pouco a desejar quanto a angulação e quase não consegui fazer nenhuma das fotografias noturnas de “Longa Exposição” que tanto amo fazer (sem tripé é impossível). Mas improvisei apoiando a câmera onde dava, mesmo perdendo o ângulo que eu realmente queria...
Por conta disso fiz apenas 635 fotografias, das quais estou editando e selecionando! Aguardem vou postar aqui para vocês!
Muito bem, vamos aos fatos e fotos...
No sábado, depois de uma noite pessimamente dormida, devido a ansiedade de ir logo para Goiás, comecei a me preparar para ir embora.
Agora entendo o que o Felipe Ribeiro disse no seu Blog sobre o pior e melhor da noite. Faço minhas suas sábias palavras, por isso vou cita-las aqui.
Está pra mim é a pior e melhor noite de toda a viagem.
Pior porque eu me conheço e vou conseguir dormir só lá pra 1:00hs da manhã e melhor porque bate aquela sensação de amanhã começa. Saca criança na véspera de Natal, esperando amanhecer pra ver o q o Papai Noel deixou de presente ??? Pois é...o sentimento é o mesmo. A diferença é q já não criança à muito tempo.(www.demotonaterradofogo.blogspot.com/2009_03_01_archive.html)
Comecei a me arrumar as 06:00hs e consegui sair as 06:30 como tinha planejado.
Quando saí da Praça Cívica e entrei na Anhanguera encontrei um colega de trabalho que serve em Aparecida de Goiânia, andamos juntos por alguns quilômetros, até ele tomar a direção dele.
Neste horário a cidade ainda estava tranqüila e às 07:05hs já entrava na GO-060 (Rodovia dos Romeiros) e 10km depois já estava na GO-070 rumo a Goiás.
Foto 01 – GO-070, Terezona na estrada
A viagem do dia anterior já havia me ensinado a lição de como agasalhar; desta vez caprichei e a viagem foi bem mais tranqüila e quentinha, as 07:30hs já estava deixando Cora Coralina para trás.
Foto 02 – GO-070, na saída de Cora Coralina
Fiquei impressionado com a qualidade da estrada. Embora seja uma pista simples o asfalto tem uma qualidade satisfatória. Ah, e a longa plantação de “Eucalipto” dá um ar de paisagem européia, ou algo parecido...
Foto 03 – Plantação de Eucalípto
Depois de deixar Goianira, Cora Coralina, Inhumas e Itauçú oara traz passei por um trecho muito ruim de estrada que antecede Itaberaí; que inclusive está passando por obras. Além de ficar uns 20 minutos esperando a vez de cada mão passar, por precaução não ultrapassei os 70 km/h. Oh freio de mão na roda!
Ao menos serviu de pretexto para dar uma paradinha e fazer a primeira Panorâmica, privilegiando a beleza do Cerrado Goiano, na época de estiagem.
Foto 04 – Cerrado Goiano
Foto 05 – Terezona, brava, valente e firme na estrada
Vencido esse trecho de estrada ruim voltamos ao tapetão de asfalto, e um bônus me aguardava de surpresa como se fosse uma compensação pela parada: “curvas fechadas”! Yeeessss!
Nossa... ammmo! Como dizem os adolescentes!
Amo entrar deitado nas curvas com a “Terezona”! Pense numa moto perfeita para fazer isso! Eu estava com saudades, pois a tempos não brincava de rasgar as curvas com a Terezona deitada. Foi muito divertido!
Depois da brincadeira, já as 08:31, uma visão me fez perceber que o destino estava próximo: Serra Dourada estava bem ali a frente!
Aproveitei para fazer uma gambiarra para registrar aquela visão por meio de uma fotografia Panorâmica. Mas aviso: não ficou perfeita pois lembrem-se que esqueci do tripé em casa e tive que apoiar a câmera no bauleto da Terezona.
Foto 06 – Serra Dourada a frente
Neste momento Itaberaí já estava para traz e, coadjuvando com a Serra de Caldas, o Cerrado insistia no seu show.
Foto 07 – Cerrado e Serra Dourada
Foto 08 – Rumo a antiga capital
151kms depois, as 09:16hs, em fim chegava aos limites territoriais da antiga capital provincial Goyaz.
Fui tomado pela alegria e sensação de agradecimento por Deus me permitir realizar o sonho de visitar Goiás de moto, e em alto estilo!
Passaram tantas coisas na cabeça aquela hora, lembrei das horas e horas que passei diante o computador planejando tudo para não deixar de conhecer nenhum ponto turístico, das vezes em que fui em Goiás imaginando como seria bom ir de moto, até das fábulas e estórias mirabolantes da Dona Tetê para tentar me convencer de desistir da viagem.
Graças a Deus: o “Projeto Goiás” se concretizava em realidade naquele momento!
Sabem que música comecei a cantarolar aquele momento?
A música do Queen: We Are The Champions. A trilha sonora perfeita para aquele momento!
We are the champions, my friends
And we'll keep on fighting
'Till the end
We are the champions
We are the champions
No time for losers
'Cause we are the champions of the world
(Queen: We Are The Champions)
Foto 09 – We Are The Champions
Bem na entrada da cidade existe uma igreja histórica que vale a pena dar uma parada: Igreja de Nossa Senhora Aparecida.
Trata-se de uma Igreja de 1912 e que foi restaurada em 1950 por dois devotos que conquistaram, posteriormente, a façanha de conseguir, junto ao Governador Ludovico, o desvio da estrada para que passasse em frente a Igreja, evitando assim que ela ficasse abandonada.
Foto 10 – Entrada da cidade
Foto 11 – Terezona em "Pose" diante a Igreja de Nossa Senhora Aparecida
Saindo de lá fui direto para o ponto mais alto da cidade, onde está edificada a Igreja de Santa Bárbara. Trata-se de uma Igreja de 1775, que depois apresentarei melhor, mas que garante a melhor visão panorâmica da cidade.
Foto 12 – Escadaria da Igreja de Santa Bárbara
Foto 13 – Igreja de Santa Bárbara
Foto 14 – Visão do centro histórico, a partir da Igreja de Santa Bárbara
Foto 15 – Visão do cemitério histórico, a partir da Igreja de Santa Bárbara
Ao descer da igreja fiquei rindo sozinho de uma cena que vi acontecendo com a “Terezona”. Haviam umas crianças em volta dela, vidrados, quase hipnotizados. Acho que acharam ela bonita ou talvez nunca viram outra igual. Eles olhavam ela por todos os lados, por cima, por baixo. Quando me viram chegando perto saíram desconfiados... coitadinhos... eu queria até tirar uma foto mas não deu.
Ah, ia me esquecendo!
Contrariando minha mania de programar tudo, nesta viagem eu não reservei hotel, acreditam?
E em plena temporada!
Loucura? Pedindo para dormir na praça?
Não!
É que li em um blog, não lembro qual, que nestas viagens é melhor se procurar hospedagem já no destino... que perto de rodoviárias sempre conseguimos pechinchar por um preço mais em conta...
Decidi pesquisar primeiro na Pousada Buriti, que é uma pousada que sempre ficava quando vinha em Goiás, que fica do ladinho do Centro Histórico. O Dono, o Senhor Camelo é uma simpatia, educado, culto, tem muito interesse nos assuntos das religiões e religiosidades (uma afinidade), uma ótima companhia para conversar.
Quando perguntei o preço fiquei besta! Imaginei me hospedar numa tapera, pagando uns R$100,00, e lá ele ainda estava fazendo por R$ 30,00 a diária! Em plena Temporada, dá pra acreditar? Com ar condicionado, um big café da manhã e do ladinho do Centro Histórico! A economia ultrapassou minha expectativa!
Isso sem falar na bagatela que saiu o projeto final, que depois vou contar e vocês não vão acreditar. Para conferir não percam o próximo post! (risos)
Depois de retirar toda bagagem da Terezona, de guardar no quarto, tomei um banho para amenizar o cansaço da viagem e fui para o centro histórico, para almoçar.
Fiquei pasmo com o preço do almoço, R$ 8,00! Imaginei que por conta da alta temporada iria gastar uns R$50,00 por dia, nossa, não passou nem perto! E olha que comi feito um porco esfomeado! E olha que não passei nem perto de ter vontade de economizar com alimentação! O orçamento final vai impressiona-los! Não percam os próximos posts! (risos)
Durante o dia passeei primeiramente no distrito do Carmo e a noite no distrito de Santana
Estes nomes são derivados das principais igrejas de cada lado do rio Vermelho: Igreja Nossa Senhora do Carmo, da parte norte da cidade (distrito do Carmo), e a Igreja Matriz de Santana, na parte sul da cidade (distrito de Santana).
A noite em Goiás é um espetáculo a parte! As luzes amarelas dão um tom nostálgico do passado colonial e monárquico. O IPHAN acertou em cheio em adotar as luminárias amarelas para criar este ambiente histórico!
Ah, e um brinde para mim: eu nunca tinha visto a Igreja Matriz de Santana aberta! Nesta viagem a vi aberta todos os dias! Nesta primeira noite em Goiás assisti a um casamento nela! Foi de mais! Nunca ouvi falar dos noivos, mas eu estava lá! E olha que casamentão estiloso!
A Igreja de Santana começou a ser construída em 1743, porém ao longo dos anos sofreu muitas no projeto inicial, modificações, mudanças e fatos que depois conto aqui para vocês. Já sabem: “Não percam os próximos posts!”
Foto 16 – Praça do Coreto a noite
Foto 17 – Casamento na Igreja Matriz de Santana
Bem amigos, por enquanto é só, se não acabo entregando os “trunfos” da viagem no primeiro dia e acabo ficando sem visitas no blog para conferir o resto da viagem!
Por enquanto fiquem com mais duas pérolas do distrito do Carmo
Foto 17 – Distrito do Carmo e ao fundo a Serra Dourada
Foto 17 – Distrito do Carmo e ao fundo a Igreja Nossa Senhora do Rosário
Abraços, fiquem com Deus e até a próxima!
Elias Pinheiro
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